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Polícia Civil indicia três pessoas por venderem oxigênio hospitalar clandestino

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Polícia Civil (Divulgação)

A Polícia Civil de Santa Maria indiciou, nesta sexta-feira, os dois sócios e um funcionário suspeitos de manterem um laboratório clandestino de gases hospitalares no Bairro Lorenzi. De acordo com o delegado Antonio Firmino de Freitas Neto, responsável pelas investigações do caso, os três vão responder pelo crime de falsificação, corrupção, adulteração ou alteração de produto destinado a fins terapêuticos ou medicinais

Ainda na quinta-feira, a 4ª Câmara Criminal do Tribunal de Justiça concedeu o habeas corpus para dois suspeitos que estavam presos desde o dia da operação, deflagrada na última sexta-feira. Era um sócio-proprietário do local, de 49 anos, e um funcionário, de 30, que vão responder ao processo em liberdade

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De acordo com o advogado de defesa dos dois envolvidos, Daniel Tonetto, a liberação aconteceu por volta das 16h de quinta-feira. 

- São pessoas que nunca se envolveram com atos ilícitos. Eles estão à disposição da Justiça. Durante o processo penal, eles irão provar a sua inocência - afirma Tonetto. 

O crime de adulteração de medicamentos é considerado hediondo. A pena varia de 10 a 15 anos de prisão. 

O CASO
O sócio e o funcionários foram presos em flagrante na sexta-feira, enquanto faziam o envase de gás oxigênio. Segundo a Polícia Civil, a empresa teria autorização apenas para fazer o comércio e transporte dos gases. Para trabalhar com envase, seria necessário ter autorização da Vigilância Estadual de Saúde e uma estrutura laboratorial completa.

A operação, coordenada pelo delegado Firmino, foi desencadeada após denúncia recebida há cerca de duas semanas. Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no laboratório clandestino, na Rua Adelmo Genro Filho, no Bairro Lorenzi, e no escritório da empresa, no Bairro Tancredo Neves. Foram apreendidos 81 cilindros de gases, lacres, válvulas e documentos, que estavam na garagem da casa do proprietário. 

De acordo com a investigação, essa empresa vendia gás oxigênio industrial como sendo gás medicinal. Os dois gases têm a mesma composição, mas o gás medicinal passa por mais procedimentos de limpeza. O gás industrial, geralmente, possui impurezas e pode estar contaminado, prejudicando o tratamento dos pacientes.  

Agora, a polícia vai investigar para quais clínicas e hospitais os gases eram vendidos. Segundo informações preliminares, os gases eram comercializados para cinco clientes em Santa Maria e outros em São Sepé, Caçapava do Sul e Quarta Colônia. A polícia destaca que os suspeitos mascaravam bem os produtos adulterados, usando lacres e embalagens que não levantavam suspeitas por parte dos clientes.

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